Budapeste

By 145Graus by: Ellis Cleuza - fevereiro 28, 2019

Informação relevante


Continente: Europa(Leste)
País: Hungria
Capital: Budapeste
Língua: Húngaro
Moeda: Florim 
Passagem de avião: 278,80 €(da e volta)
- Ibéria: 120,81 € 
Lisboa-Madrid
Madrid – Budapest
- Eurowings: 132,76 €
Budapest-Dusseldórfia
Dusseldórfia-Lisboa
- eDreams : 25,23 € paguei este valor por causa do seguro, não sei se têm conhecimento mas no verão que é a época alta, costumam haver greves de companhias low cost dái eu ter achado por bem pagar o seguro, pois não só estaria precavida contra a perda do dinheiro na compra do bilhete, como se perdesse o voo por algum motivo forte também poderia reaver os valiosos  278  euros.
Dica: Aconselho a baixarem a aplicação da e-dreams, porque permite fazer check-in online e mostrar no aeroporto através do QR code, para não terem de pagar 50€ no aeroporto pelo check-in presencial, digo-o por experiência própria, aconteceu-me com a Ryanair em Bratislava.

Estava dividida entre Budapeste e Praga, mas acabei por decidir-me por Budapeste porque comparando com o preço de Praga ficava mais barato e também já ficou prometido que a viagem para Praga será em grupo. 


O voo para Madrid foi super cedo e quase não dormi, porque no dia anterior fui celebrar o meu aniversário com direito a almoço no Jncquoi (Lisboa) e noite dançante no Hawaii (Docas-Lisboa), portanto  parecia um zoombie e estava tão desorientada que fui até ao terminal 2 quando o voo seria no terminal 1. Já não tenho idade para fazer directas! 


E digam lá se não tenho as amigas mais fofas do mundo, fui surpreendida com um bolo numa sandes de pão, e pão "integral" atenção!

1º Dia

Cheguei à Budapeste por volta das 17h quase 18h, vinda de Madrid, apanhei o bus que faz o percurso directo aeroporto-centro, por 900 HUF equivalente a 2,80 €, como estava hospedada mesmo no centro era logo a segunda paragem do autocarro.

O hotel onde fiquei é o Erzsébet City Center um hotel de 3 estrelas que fica mesmo no centro da cidade na rua Karoly Utca. Fiquei com um quarto duplo que inclui o pequeno-almoço e paguei 361,26 € para 4 noites.


A recepção foi muito simpática, o quarto espaçoso e fiquei super feliz quando encontrei uma bíblia na cabeceira, o aspecto negativo é que o quarto estava cheio de insectos, tive de ligar para a recepção inclusive e lá mandaram um homenzinho para aspirar o quarto.

Novo testamento



O pequeno-almoço no restaurante do hotel





Cheguei no dia 20 de Agosto e neste dia comemora-se o feriado mais importante do país, o dia de Santo Estevão da Hungria, considerado também o último grande príncipe da Hungria. O Rei Estêvão, o Grande, ou Santo Estêvão da Hungria (Szent István király em húngaro), foi o primeiro rei da Hungria. Após derrotar os nobres pagãos que se lhe opunham e unificar as tribos magiares(húngaras) em prol da fé cristã, diz-se que Estêvão recebeu do Papa Silvestre II uma coroa de ouro e pedras preciosas também chamada de "Santa Coroa", que se tornou o símbolo do país, juntamente com uma cruz apostólica e uma carta de bênção em Janeiro de 1001, onde era reconhecido como um rei cristão na Europa.

 

Sem perceber segui o pessoal e fui parar na ponte onde lançavam foguetes em comemoração ao feriado. Quando terminou a comemoração a fome, como sempre minha companheira de viagem apareceu para fazer-me companhia e como sempre sou abençoada encontrando pessoas fixes nas minhas viagens, eis que me deparo com um jovem simpático o Erick que é Austríaco mas trabalha em Budapeste, levou-me a comer a comida típica do país goulash ou gulyás que é um prato de carne de vaca ou porco picada, bastante condimentada e em porções generosas, só não digo que seja um prato delicioso, mas valeu a intenção, a “formação de opinião” e os 3 amigos do Erick que conheci. Depois do jantar ainda foram acompanhar-me até ao hotel. Sou muito abençoada em relação as pessoas que encontro Jesus é Bom :)
Goulash


2º Dia

O primeiro dia útil como é da praxe foi para fazer o reconhecimento da área, comprei os tickets do sight seeing bus tour ao preço de 14,50 euros, como já conheço a companhia acabo por comprar sempre aqui, talvez até nem seja a mais barata.  Pela proximidade do hotel (10 min à pé) o passeio começou mesmo na 1ª paragem, a Basílica de são Estevão, mas é possível fazer a partir de qualquer outro ponto e terminar no ponto inicial.  A título informativo a Basílica de são Estevão é de estilo arquitectónico neoclássico é o segundo edifício mais alto de Budapeste depois do parlamento e é a maior igreja da Hungria, tendo capacidade para mais de 8000 pessoas. Hoje a igreja é usada também para concertos principalmente de música clássica.

Basílica de São Estevão

O passeio faz-se pelas duas margens do Danúbio, que em Húngaro é Duna, como já vos tinha dito nos posts anteriores o rio recebe vários nomes pelas várias cidades onde passa. Em Budapeste o rio divide a “cidade” de Buda que hoje é distrito de ÔBuda e de Peste o centro da capital, as duas cidades são unificadas por diversas pontes. Destacam-se as pontes Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes), Szabadság híd (Ponte da Liberdade) que foi destruída durante a 2ª Guerra Mundia e reconstruída em meados de 1946, e a Erzsébet híd (Ponte Elizabeth) em homenagem a Isabel da Áustria, imperatriz da Áustria-Hungria do século XIX.

Erzsébet híd (Ponte Elizabeth)

Szabadság híd (Ponte da Liberdade) 

             Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes) a noite              Ponte vista do palácio de Buda
Desci no Castelo de Buda, no lado de Buda e para subir até ao castelo no mini bus lembrem-se de comprar o bilhete do bus turístico que já inclui os tickets até ao topo da colina, caso contrário podem subir à pé, parece muito distante mas tem umas escadas que vos levam até ao pátio do castelo.  
                                           
                                                        Jardim do palácio de Buda


                                                    Rio Danúbio visto do palácio de Buda

O Castelo para além dos seus jardins hoje tem uma ala que se transformou no Museu de História de Budapeste e outra na Galeria Nacional Húngara com obras de arte húngara desde a Idade Média até o século XX, incluindo uma colecção de arte contemporânea e como sou uma miúda cheia de sorte, havia uma exposição especial da artista mexicana Frida Kahlo em comemoração ao seu 111º aniversário.

Palácio de Buda


Devem estar a perguntar Frida em Budapeste? Sim, okay vou contextualizar. Frida teve uma vida um tanto quanto atribulada, um conjunto de doenças, acidentes, lesões, abortos e várias operações que sofreu ao longo da vida. Foi casada com um dos mais famosos pintores mexicanos Diego Rivera também seu mentor, no entanto um casamento turbulento com sucessivas traições incluindo com a irmã da artista, e fruto de tantas frustrações passou a exteriorizar não só na arte como na vida amorosa. E neste conjunto de casos extra-conjugais de ambas as partes Frida conhece o fotografo húngaro Miklós Muray, algumas das cartas trocadas entre ambos encontram-se expostas também no museu. A exposição conta com cartas, fotos, desenhos e pinturas da artista e segundo informação da galeria foi a exposição mais visitada nos últimos 3 anos com mais de 200 mil visitantes e eu fui uma delas!

Retrato de Frida Kahlo

Fotografias de várias artistas inspiradas em Frida Kahlo


Hora C, ou seja, Hora da Comida almocei num restaurante mesmo no pátio do palácio “Budapest Terrace”, a comida estava tão boa quanto bonita, mas decidi não arriscar muito, o atendimento foi super simpático com as perguntas de costume do estilo de onde és e blá,blá, blá e a vista breathtaking, só não foi mais barata em função do espaço com certeza.




 Bruschetta                                   Salada de Queijo Mozzarela

                                           
Logo a seguir enquanto passeava por um dos jardins do palácio, fui surpreendida por uma música super familiar, Kizomba, segundo a wikipedia Kizomba é uma palavra de origem kimbundu, uma das nossas (Angola) línguas nacionais e significa encontro, confraternização, mas de forma resumida é um estilo de dança africana e achei muita piada estar a ouvir este estilo de música em Budapeste uma cidade que pouco tem que ver com culturas africanas, no sentido em que não se lhe conhece registo de colonização em África.


No final do dia fui parar num jardim no centro da cidade, no parque Erzsébet Tér onde havia música, comida, bebida e pessoal descontraído just hanging out, cenas porreiras do verão na Europa.


E assim terminei o meu 2 dia :) 

3º Dia

Este dia foi dedicado aos museus. Comecei com o Museu Nacional da Hungria que é mesmo perto de onde estava, a 10 min à pe. O museu foi fundado em 1802 e tem diversas obras Húngaras desde a pré-história até aos dias de hoje. Só por curiosidade a Hungria está no top 10 de países onde mais se lê no mundo e na Europa está em 4º lugar, não admira que em 1802 já tenham pensado em criar um museu desta natureza. Essa experiência custou 1600 Ft. (5 €).


 






O museu seguinte não foi bem um museu mas a Grande Sinagoga de Budapeste, é a  maior da Europa, suporta mais de três mil pessoas  e existe  desde 1854 no entanto durante a 2ª guerra mundial foi fortemente destruída e saqueada hoje a  maior parte dos itens no seu interior são réplicas do que existia antes da sua destruição parcial. 

                                                                   O interior da Sinagoga

No quintal da Sinagoga há um cemitério de judeus que morreram durante a ocupação da Alemanha Nazi. No interior da sinagoga o lugar de destaque é para a Torá o livro mais importante do judaísmo, os homens são separados das mulheres, e no sábado por ser o dia sagrado ninguém deve fazer nada inclusive é proibido tocar música ainda que seja na congregação nestes dias um cristão faz as honras e toca para a congregação, achei isso super cool. 

No pátio da sinagoga existe um monumento chamado de a "Árvore da Vida", uma escultura similar a um salgueiro onde cada folha tem escrito o nome de um judeu assassinado durante o Holocausto, bastante emocionante. Esta escultura foi construída em 1991.

 Cemitério dentro do museu


 A árvore da vida

E existe também um Museu de Arquivos Judaicos Húngaros. O quadro branco abaixo faz referência ao tempo em que os judeus tinham de esconder-se devido ao regime Nazi e faz um comparativo com o livro bíblico de Ester onde ela temporariamente "escondeu" a sua identidade judaica. O livro de Ester é o único livro onde não se menciona a palavra Deus  segundo este quadro, no entanto quando precisou ela buscou à Deus em jejum e oração e foi atendida.
 A saída do museu o curador perguntou-me se era americana (para variar) e eu disse que não, sou africana e de Angola e ele surpreendido disse-me que não pareço africana  L.



                                           Quadro mencionando o livro de Ester e Deuteronômio
Terminei no Hard Rock Café na rua Váci Utca que é uma das mais famosas e mais bonitas da cidade apenas para pedestres, faz parte do coração da cidade e é paralela ao Danúbio com lojas como Zara, H&M etc. e restaurantes como o HRC. No final as pernas já não aguentavam e fui de Tuck Tuck até ao hotel, dormi cansada mas feliz.

 








                                                                            Váci Utca
                                                                        O Tuck-Tuck

4º Dia

No último dia decidi andar no Budapest Eye, um carrossel bem no centro da cidade em Erzsébet tér , que a noite é aquele jardim top, com uma vista espectacular que vale muito a pena, cada ticket custa 2 700 Ft.  equivalente a 8,5 € e está aberto das 10h00 à 00h00.

  Budapest Eye 
      Basílica de são Estevão
O pôr-do-Sol visto do topo do Budapest Eye
O almoço foi na avenida Andrássy uma das mais emblemáticas avenidas de Budapeste que inclusive é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 2002. Nesta avenida encontram-se lojas de marcas como Louis Vuitton, Dior entre outras e é também nesta avenida onde encontramos o edifício da Ópera de Budapeste, mas como comida é um dos meus fortes, foquei-me me tirar fotos de comida.

 Salmão com puré de abóbora e salada
Mini tarte de chocolate com gelado de baunilha


e no final para fazer a digestão fui até a praça dos heróis uma das praças mais importantes de Budapeste e fica mesmo no extremo da avenida Andrássy.

Praça dos hérois - no cimo está representado o Arcanjo Gabriel

Depois do almoço já mais para o final do dia, fui andar de barco pelo Danúbio e o passeia à noite é espetacular , das margens do rio é possível vislumbrar a Cidadela, Castelo de Buda e o icónico Parlamento Húngaro, esqueci-me do nome da companhia mas os preços variam dependendo das actividades dentro do barco, existem barcos com jantares românticos, música ao vivo, bar de cocktails etc. os preços podem variar de 10 a 59 € dependendo das especificações.

 

                                           Castelo de Buda e Parlamento de Budapeste


 Castelo de Buda e a Ponte das Correntes

    Parlamento de Budapeste

Ponte das Correntes

E como última actividade em Budapeste não podia terminar da melhor forma, uma ida ao Café Nova York, considerado o café mais bonito do mundo pelo site Ucityguides em 2011, servem pratos variados desde doces tradicionais a pratos salgados, sopas entre outros.  A comida que pedi estava boa, não óptima e pelo lugar não achei os preços astronómicos, mas o edifício é belíssimo e faz jus ao título, o que compensou. Lembrando que existem longas filas de espera até conseguir um lugar, porque está sempre cheio.

 Fachada Exterior do Café


Interior do Café

Tagliatelle com molho de Queijo e Cogumelos



E assim foi o meu último dia em Budapeste, escusado é dizer que foi top.

Köszönöm Budapest (Obrigada Budapeste)!

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