Berlim

By 145Graus by: Ellis Cleuza - novembro 15, 2018


Informação relevante:
País: Alemanha
Capital: Berlim
Língua: Alemão
Moeda: Euro
Passagem de avião : 90 Euros Easyjet (ida e volta)

Hotel Azimute 250 euros (3 noites)

Data: Novembro 2017
Temperaturas: Entre 4º e 6º graus
Kit de sobrevivência: Luvas, gorro, cachecol, sobretudo, botas

Diferentemente das outras, a viagem à Berlim foi planeada menos antecedência, cerca de dois meses. No entanto acabou por não ser muito dispendiosa, talvez em função da sazonalidade turística inerente ao velho continente.

A nação Alemã, é conhecida por vários motivos, desde os carros topo de gama BMW, Audi, Porsche Mercedes, pilotos de Fórmula 1 Michael Schumacher, Sebastian Vettel, génios dentre eles o conhecido físico Albert Einstein e até por motivos menos bons como o nazismo.


1º dia

Aterrei no aeroporto  Schönefeld que é o segundo maior de Berlim, por volta das 13h00, logo que cheguei tive logo um choque com a língua e com a dificuldade que algumas pessoas tinham de comunicar em ingles, mas felizmente encontrei uma portuguesa que explicou-me como chegar ao centro da cidade e optei pelo comboio. São quase 40 min do aeroporto até ao centro (Alexanderplatz).O bilhete diário custou cerca de 7,70€ zona C, permitindo circular pela zonas A e B durante 24h a partir da hora de compra. 
A zona A é o centro da cidade, onde tem o monumentos e os pontos turísticos mais importantes, a zona B é nas imediações da cidade e a zona onde fica o aeroporto é a Zona C, como expliquei lá em cima, fica a 40 min do centro indo de metro.


A fachada do hotel


 Nota: As flores são naturais e vista é a da movimentada rua Joachimsthaler


O meu pequeno zimmer (quarto em alemão)

Fiquei hospedada no  hotel Azimut  de 3 estrelas em Kurfuerstendam, uma zona muito central, perto do metro (Kurfuerstendam), do Hard Rock Café, Jardim Zoológico e das  lojas de luxo, tudo a distância de uma simples caminhada, e pelo que paguei incluindo o pequeno-almoço apesar de ser um quarto muito pequeno, penso que foi compensador. 

Kurfuerstendam no Outono


Memorial para os alemães que morreram nos atendados de 2015 em Paris.

2º dia 

Comprei o ticket para fazer o tour pela cidade que é sempre o meu primeiro passo, porque consigo conhecer os pontos mais importantes da cidade assim como parte da sua história.

A primeira paragem foi a Torre da TV que é o ponto mais alto do país com uma altura de 368m, um restaurante giratório no topo e uma vista privilegiada  da cidade de Berlim.
 A vista nocturna  da TV Tower.



A vista do rio Spree num dia cinzento de Novembro

Depois da vista estonteante lá de cima, claro que abriu o meu apetite, já estava na Alexanderplatz portanto tinha várias opções. Alemanha não é muito conhecida pela sua culinária, no entanto a salsicha alemã é bastante conhecida. A salsicha de porco e o molho de ketchup e caril formam o famoso currywurst que é um  prato típico do país.

  Currywurst por apenas 5€ euros incluindo a bebida(coca-cola)



No final do dia aproveitei passear e como a partir de Alexanderplatz temos acesso a todas as linhas do metro, em alemão o metro é representado pela letra U, portanto já sabem que sempre que encontrarem este símbolo é o metro. A estação mais próxima é Brandenburger tour (linha vermelha). Quando cheguei a estação estava meio perdida, mas encontrei uma senhora super simpática que não só indicou o lugar, como ainda levou-me até lá (how lucky).

Portão de Brandemburgo 

O portão de Brandergurgo fica de frente a Pariser Platz e durante a divisão de Berlim Ocidental (França, Reino-Unido e Estados Unidos da América) e Oriental (União Soviética) o portão ficou completamente interrompido para pedestres e automóveis por quase 30 anos. Hoje é um dos mais importantes símbolos do país, símbolo de paz e unidade.

Brandenburg Gate

Do lado esquerdo de Brandenburg logo em frente Pariser Platz está o memorial de Berlim do holocausto.
Este memorial que é também um museu subterrâneo, foi desenhado pelo arquitecto nova-iorquino, Peter Eisenmain, em memória do holocausto onde mais de 6 milhões de judeus morreram sob o regime do partido nazista. 

Memorial Murdered Jews of Europe 


3º dia

O terceiro dia foi completamente dedicado ao Muro de Berlim, o acesso a partes do memorial à céu aberto é gratuito.
Segundo a Wikipedia o  Muro de Berlim, foi construído pela Alemanha Oriental – socialista durante a Guerra Fria e circundava toda a Berlim Ocidental (capitalista), separando uma da outra,  incluíndo Berlim Oriental. 

O muro como símbolo de património mundial da UNESCO 

Na parte oriental da cidade de Berlim apesar de já terem  passado mais de duas décadas desde a queda do muro, é possível vislumbrar a separação outrora existente entre a parte socialista e capitalista. 

O lugar abaixo é um memorial do final da II Guerra Mundial, quando se levantou o muro. Hoje é apenas história, mas um dia separou milhares de famílias e centenas morreram a tentar passar para o outro lado.
Jardim do memorial e parte do muro
Muro de concreto e barreiras metálicas

Muro de concreto

My hand on the wall

Desta barreira faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar para matar ("Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a separação de muitas famílias alemãs.

Mural- pessoas que morreram ao tentar atravessar



Capela da reconciliação 



Antigamente existia uma igreja protestante, com mesmo nome e por estar exactamente onde era o muro foi demolida. Com a queda do muro e a criação do memorial, a capela foi  reconstruída, a capela da reconciliação. 


Retratos do período entre a construção e a queda do muro

Quem já viu o filme a ponte de espiões, deve lembrar-se do Checkpoint Charlie. Um posto militar projectado para passagem de estrangeiros e membros das Forças Aliadas na Alemanha Ocidental para a Alemanha Oriental e tornou-se um símbolo da guerra fria.


Checkpoint Charlie

No fim do dia como não podia deixar de ser fui jantar no Hard Rock Café que por acaso está a metros do hotel. Fui duas vezes ao HRC durante a minha estadia e paguei por uma salada cesár, chicken wings, nachos incluindo 2 cocktails aproximadamente 40 euros (€). 


The Car on the Wall 

Salada César e o Red Berry Press


4 º dia

Este foi o último dia, como o voo só seria no final do dia, acordei bem cedo, tomei o pequeno-almoço, deixei as malas na recepção e parti para a minha aventura final em Friedrichstraße, andar de ferry pelo rio Spree. Vale ressaltar que eles têm vários pacotes, eu optei pelo pacote de 1 hora, uma vez que já tinha feito uma tour de carro e tinha pouco tempo.
O rio Spree é afluente do rio Havel e para além de Berlim o Spree passa por mais 6 cidades incluindo do país ao lado a República Checa.

A bandeira Alemã sob o  parlamento 

Parlamento Alemão

O passeio de ferry faz a volta pela chamada Ilha dos Museus  permitindo assim  ver vários edifícios importantes da cidade, como a TV tower, a Berliner Dom e o parlamento Alemão, inclusive a casa oficial do Chanceler, paguei pelo passeio 13,5 € 

Berliner Dom

 A Berliner Dom é um dos símbolos da cidade e um dos edifícios mais imponentes da capital, construída entre 1895 e 1905. A Dom que em português significa Catedral, é uma catedral luterana, luteranismo é uma das principais denominações do cristianismo protestante, baseada na teologia de Martinho Lutero.
Rio Spree

Só por curiosidade, em 1902 o metro entrou em funcionamento sendo que a linha mais antiga é a que está na foto acima. Devem estar a pensar porque que isso importa? A resposta é que fazendo um paralelo a Alemanha tem metro subterrâneo há mais de 100 anos e nós deixamos de ser colonizados a menos de 50 anos( 43 este ano), o que significa que enquanto os alemães andavam de metro, nós (Angolanos) ainda estávamos sob o regime colonial, porque segundo rege a história a luta pela libertação nacional começou a 4 de Fevereiro de 1961.É de facto curioso.

1º estação de metro 


Voltei então para o hotel, porque para minha tristeza estava a terminar a aventura em Berlim e era hora de voltar para Lisboa. 




E não podia sair sem  não antes comer uma sandes e tomar um chá, neste restaurante já no aeroporto.

Termino dizendo que já era fã dos alemães e depois de conhecer a cidade de Berlim, tornei-me, tipo super fã. Achei a cidade espectacular, cheia de história e o mais curioso é o facto do  país ter estado envolvido em vários conflitos incluindo duas guerras mundiais. Hoje a Alemanha é o país mais rico da União Europeia.

Não fiquei tempo suficiente para ver tudo que pretendia, fica assim a promessa de voltar :)

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