Ela entre Eles

By 145Graus by: Ellis Cleuza - setembro 14, 2018

Quick Disclaimer:
Não estou a defender que homens e mulheres são iguais, e nem a tentar pregar qualquer tipo de libertinagem. Só para que fique claro, sou à favor de direitos IGUAIS em relação a constituição, em termos políticos, económicos, salariais, cargos, etc. mas não defendo que homens e mulheres são iguais, o nosso hardware e software é totalmente diferente, e cada um tem as suas especificações.

*
  

Eu cresci entre rapazes, alias sou a única menina entre 6 rapazes. 
Sou formada em Informática e mestre em Gestão de Sistemas de Informação pela Universidade de Lisboa e actualmente trabalho na minha área de formação. Devem estar a perguntar onde quero chegar com isso? E não, não quero fazer "show off" do meu CV, quero simplesmente colocar uma "pitada de sal" sobre o facto de viver rodeada de homens pessoal e profissionalmente e soltar o meu pensamento em relação a este facto. 
Talvez seja daquelas coisas a que damos pouca importância, mas parece haver uma linha invisível talvez “cultural”, é como quiserem chamar, que separa a profissão para mulheres, da profissão para os homens.
**
Eu sou apologista de que uma mulher pode ter a profissão que quiser e graças à Deus cresci sem nunca me terem dito o contrário. O que quero aqui abordar hoje é que nós mesmas as vezes é que nos colocamos numa posição desfavorável e percebo que temos as nossas “particularidades” afinal eu sou mulher.  Mas essa cena de: sou engenheira, mas não conduzo à noite, sou engenheira, mas não faço prevenção, sou engenheira, mas não posso levantar esse Switch (CC 3850-7kg) é muito pesado, sou engenheira, mas não posso viajar para outra província só com homens, PLEASE! Não que todas façam isso e que eu me sinta melhor do que as minhas colegas engenheiras, por pensar diferente. A verdade é que sempre me senti capaz de fazer tudo a que me propus em termos profissionais, trabalhos à noite, prevenções, deslocações à províncias (sim só com homens e correu tudo bem), sem nunca alegar o facto de ser mulher para ter de fazer menos que os homens, talvez os meus colegas(homens) involuntariamente tenham tido a sensibilidade de aligeirar o meu “fardo” e eu não me apercebi. Mas pergunto (femenistas de plantão) até que ponto é justo eu exigir direitos iguais e na hora H alegar que não sou capaz de fazer algo por causa das minhas “woman features”? É um paradoxo!
Trabalhar no meio de tanta testosterona, tem pontos fortes e fracos (talvez faça um post sobre isso). 
Mas sou feliz porque me sinto respeitada e realizada não pelo meu GÉNERO, mas pelo meu TRABALHO.



*-Site:NãoDesistaJamais
**-Blog:ProjectoAnatomia

  • Share:

You Might Also Like

0 comentários