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Disclaimer:
Não
estou a defender que homens e mulheres são iguais, e nem a tentar pregar
qualquer tipo de libertinagem. Só para que fique claro, sou à favor de direitos
IGUAIS em relação a constituição, em termos políticos, económicos, salariais,
cargos, etc. mas não defendo que homens e mulheres são iguais, o nosso hardware
e software é totalmente diferente, e cada um tem as suas especificações.
Eu
cresci entre rapazes, alias sou a única menina entre 6 rapazes.
Sou
formada em Informática e mestre em Gestão de Sistemas de Informação pela
Universidade de Lisboa e actualmente trabalho na minha área de formação. Devem
estar a perguntar onde quero chegar com isso? E não, não quero fazer "show
off" do meu CV, quero simplesmente colocar uma "pitada de sal"
sobre o facto de viver rodeada de homens pessoal e profissionalmente e soltar o
meu pensamento em relação a este facto.
Talvez
seja daquelas coisas a que damos pouca importância, mas parece haver uma linha invisível
talvez “cultural”, é como quiserem chamar, que separa a profissão para mulheres,
da profissão para os homens.
Eu
sou apologista de que uma mulher pode ter a profissão que quiser e graças à
Deus cresci sem nunca me terem dito o contrário. O que quero aqui abordar hoje
é que nós mesmas as vezes é que nos colocamos numa posição desfavorável e percebo
que temos as nossas “particularidades” afinal eu sou mulher. Mas essa cena de: sou engenheira, mas não conduzo
à noite, sou engenheira, mas não faço prevenção, sou engenheira, mas não posso
levantar esse Switch (CC 3850-7kg) é muito pesado, sou engenheira, mas não
posso viajar para outra província só com homens, PLEASE! Não que todas façam
isso e que eu me sinta melhor do que as minhas colegas engenheiras, por pensar
diferente. A verdade é que sempre me senti capaz de fazer tudo a que me propus
em termos profissionais, trabalhos à noite, prevenções, deslocações à províncias
(sim só com homens e correu tudo bem), sem nunca alegar o facto de ser mulher
para ter de fazer menos que os homens, talvez os meus colegas(homens)
involuntariamente tenham tido a sensibilidade de aligeirar o meu “fardo” e eu
não me apercebi. Mas pergunto (femenistas de plantão) até que ponto é justo eu
exigir direitos iguais e na hora H alegar que não sou capaz de fazer algo por causa
das minhas “woman features”? É um paradoxo!
Trabalhar no meio de tanta
testosterona, tem pontos fortes e fracos (talvez faça um post
sobre isso). Mas sou feliz porque me sinto respeitada e realizada não pelo meu GÉNERO, mas pelo meu TRABALHO.
*-Site:NãoDesistaJamais
**-Blog:ProjectoAnatomia
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